quinta-feira, 22 de março de 2012

A importância de conhecer o próprio corpo!

Não podemos nos sentir plenos enquanto não tomarmos real consciência de nosso físico.
A mente e o corpo não devem ser pensados como coisas separadas.
Texto - Jeanne Callegari

Alienação corporal
"A gente vive em uma cultura que aliena nosso corpo", diz a atleta e escritora Marília Coutinho. "Nossas instituições criam um indivíduo que vê a mente em primeira pessoa, mas pensa o corpo em terceira pessoa." Ou seja, tratamos os dois como coisas separadas e para trabalhar melhor um, negligenciamos o outro.
Marília chama o estranhamento do corpo de alienação corporal. "Alienação significa que algo é separado de um sujeito", escreve no livro Estética e Saúde (Phorte). É o afastamento do ser humano de algo que lhe é essencial: sua corporalidade, a consciência de si mesmo.

É uma forma de mutilação. Claro, o corpo não deixa de existir. Mas, sem perceber, passamos a enxergá-lo como estranho, algo que nos desobedece, que engorda, emagrece e fica doente à nossa revelia. Vira uma espécie de criança malcriada, que podemos até mesmo rejeitar por não seguir nossos desígnios.

Separação da mente
A alienação corporal surge de uma forma de pensar muito antiga: a ideia de separação entre mente (ou alma) e corpo.
"Como a alma era imortal, era considerada mais nobre, superior ao corpo", diz Denise Bernuzzi de Sant'Anna, professora de história da PUC-SP e autora de Corpos de Passagem (Estação Liberdade).
Essa visão é predominante em muitas religiões. O cristianismo, por exemplo, fala em alma imortal, que o corpo é a fonte do pecado; deve, então, ser punido. No Ocidente, essa visão atingiu o ápice com Descartes; sua famosa frase, "penso, logo existo", deu margem para que a mente fosse considerada superior ao corpo.

Uma vez estabelecida a separação entre mente e corpo, o que acontece? Muito cedo, e sem perceber, acabamos pendendo para um dos lados. Corpo ou mente: não podemos ter os dois. Lembra da escola? De um lado, o grupo dos "esportistas"; do outro, os "nerds".

Forma x corpo
A essa altura, você deve estar se perguntando: "Como o corpo pode ser negligenciado na sociedade, se tudo que vejo por aí é a busca de um corpo perfeito, um padrão de beleza único?" De fato, não são os filósofos nem os físicos que estampam capas de revistas; não é em busca de um cérebro melhor que as pessoas se matriculam em academias. Mas buscar um padrão de beleza é bem diferente de termos consciência de nosso organismo.

"O ideal de alma elevada foi substituído por um ideal de boa forma", diz Denise de Sant'Anna. "O dualismo continua, mas a oposição agora é entre o corpo carnal, mortal, que fica doente, envelhece, e um corpo ideal, sempre jovem e limpinho."

Quando buscam as academias, muitas pessoas não estão preocupadas em conhecer melhor o próprio corpo, integrar-se, ter mais saúde; o que procuram é um jeito de se encaixar nesse padrão ideal, ter uma forma para exibir. "Dizem que há uma corpolatria. Na verdade, é uma formolatria: culto à forma. Corpo cada um tem um, único. A forma, não. Ela é platônica", diz Marília Coutinho.

Para a escritora, a reconexão por meio da atividade física passa por estar presente, inteiro, em cada gesto. Por isso, critica o modelo tradicional de academia. "Você aprende a lidar com as máquinas. Não com seu próprio corpo", diz.

Fazendo as pazes com o corpo
Mas então é preciso fazer exercício? Sim e não. Ninguém é obrigado a fazer algo que considere maçante. "O prazer é um componente importante da equação", diz Marília. Mas, se a ideia é fazer as pazes com o corpo, reencontrá-lo, não dá para ficar só na teoria: é preciso trabalhá- lo.

Não que seja fácil. Pode doer, cansar, dar trabalho; isso sem contar as emoções que vêm à tona. Técnicas como osteopatia, Alexander e fisioterapia especializada em consciência corporal são formas de descobrir o corpo, assim como o Pilates e a ioga. E mesmo o exercício em si, por que não? Pode ser ótimo, desde que feito com consciência, sem intenção de adestrar o corpo, e sim pensando em explorar suas possibilidades.



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Crianças também praticam Pilates


Foto: Missou Pilates
O Pilates possui como base: respiração, concentração, alinhamento e o cuidado com o corpo por inteiro, fatores fundamentais para qualquer pessoa ter qualidade de vida, inclusive as crianças e adolescentes.
As crianças de hoje estão convivendo, junto com os adultos, em um ambiente corrido e estressante, muitas vezes com uma quantidade excessiva de atividades, o que ocasiona falta de concentração e estresse.
A má postura também faz parte dessa realidade, causada por carregar mochilas pesadas, horas e horas em frente à TV ou ao computador (sempre com uma postura incorreta).
Por todas essas situações, as crianças adquirem maus hábitos e o Pilates pode realmente auxiliar no tratamento desses “futuros adultos”.
O conteúdo para as aulas com crianças precisa ligar os seus exercícios com o mundo em que elas vivem, fazendo com que elas percebam os benefícios de uma boa postura, da concentração e da respiração correta. Assim, elas transformarão o conhecimento em atitudes para a sua vida.
Utilizar acessórios como bolas, discos de rotação e de equilíbrio, rolos de espuma, meia-lua e outros, desperta e estimula as crianças. Quanto aos equipamentos, podem ser adaptados para elas com objetos como caixas de diversos tamanhos ou almofadas. Os exercícios progridem respeitando o limite de cada criança.
Para que o trabalho seja frutífero e estimulante e para que garanta a excelência do aprendizado e a qualidade na execução dos exercícios, o ideal é praticar o Pilates duas vezes por semana, em sessões de uma hora.
Benefícios para crianças que praticam Pilates:
• Organização do sistema locomotor;
• Melhora da postura;
• Mais concentração;
• Melhora do humor;
• Um sono de maior qualidade;
• Melhora da circulação sanguínea e energética;
• Melhora da digestão;
• Melhora do tônus;
• Melhora da flexibilidade.

Fonte: Pilates Isp
revistapilates.com.br
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quinta-feira, 15 de março de 2012

A força do pilates

O método começa a ser indicado por médicos e ganha espaço dentro dos hospitais para auxiliar na recuperação de males como dor, câncer e doenças neurológicas

Rachel Costa
No mundo do fitness, a explosão de novas modalidades é uma constante. Mas, normalmente, com a mesma velocidade com que surgem, elas desaparecem após poucos meses. Quando resistem, tornam-se aqueles fenômenos que mudam a história da malhação e a maneira como enxergamos a atividade física. Foi assim com o surgimento da aeróbica, com a expansão da musculação e assim está sendo com o Pilates. Criado pelo alemão Joseph Pilates durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), o método rapidamente caiu no gosto dos bailarinos, que o usavam como complemento ao treino. Mas foi só a partir da década de 90 que se popularizou, atraindo milhares de adeptos em todo o mundo e tornando-se a maior revolução do fitness dos últimos anos. Só nos Estados Unidos, primeiro país a receber um estúdio com aulas da modalidade (ministradas pelo próprio Pilates em Nova York), estima-se que cerca de dez milhões de pessoas o pratiquem. No Brasil, não há dados precisos, mas o crescimento pode ser observado pela grande quantidade de estúdios e de pessoas que se confessam fãs do Pilates. “A rápida percepção dos resultados incentiva cada vez mais gente a aderir à técnica”, analisa a fisioterapeuta Solaine Perini, presidente da Associação Brasileira de Pilates. “Isso faz dele o método de condicionamento físico que mais ganha adeptos no mundo.”

As razões para se buscar o Pilates são as mais variadas. Há desde os desejosos de esculpir o corpo (inspirados por celebridades como a cantora Madonna, que credita parte de sua boa forma à técnica) até os interessados em exercícios capazes de ajudar na prevenção ou na recuperação de problemas como dores e lesões. Como anseios tão diferentes cabem dentro de um mesmo método? “Pilates se preocupou em criar uma técnica que trabalha a saúde como um todo”, considera Inelia Garcia, uma das primeiras instrutoras do método no Brasil e hoje dona de um império com mais de 47 estúdios e dez mil alunos espalhados por todo o País. “O corpo torna-se mais forte, flexível e resistente”, diz. “Na parte mental, os exercícios melhoram a concentração e a memória. E o trabalho com a respiração ajuda no controle das emoções”, completa.
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A abrangência das lições deixadas por Pilates chama mesmo a atenção. Vem de uma preocupação constante que guiou o seu trabalho: imprimir ciência à técnica. Toda a metodologia de Pilates parte do conceito de “centro de força” (ou power house). O termo, por ele criado, define a região central do corpo humano. “São os músculos da coluna, do quadril, das coxas e do entorno do abdome”, diz Aline Haas, professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e instrutora certificada pela Pilates Method Alliance, dos Estados Unidos. “Eles são os flexores e extensores da coluna e do quadril e estão na musculatura profunda da pelve.” De acordo com os princípios preconizados por Pilates, fortalecer essa região é a melhor maneira de garantir uma boa sustentação para o corpo humano.
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RECEITA
Lech é um dos médicos que indicam a prática aos pacientes

Ao compreender o trabalho muscular realizado durante os movimentos, Pilates criou exercícios e aparelhos capazes de estimular os músculos, inclusive os mais profundos e em geral pouco acionados no cotidiano. Os resultados são tão impressionantes que têm ocupado o tempo dos cientistas. Parte deles está especialmente interessada em levantar mais do que transformações corporais que o método pode proporcionar. Querem conhecer as suas possíveis indicações terapêuticas.

E o que se descobriu até agora é alentador. Um exemplo: trabalhos demonstram que a técnica pode ser eficaz para a redução das dores, com efeitos animadores em casos de dor lombar e de fibromialgia (dor crônica sem origem aparente, mais comum em mulheres, e sentida em vários pontos do corpo). Um dos estudos pioneiros foi feito no Departamento de Medicina do Esporte e Reabilitação do Instituto Ortopédico Gaetano Pini, na Itália. Os pesquisadores recrutaram 43 pacientes com dor lombar. Parte deles fez Pilates, enquanto os demais foram submetidos ao tratamento da Escola da Coluna (método fisioterapêutico criado na década de 60). Ao fim de dez dias, quem praticou Pilates teve ganhos similares aos da fisioterapia tradicional, mas com uma vantagem: estava muito mais contente. Entre os que tiveram aula de Pilates, 61% declararam-se muito satisfeitos com a terapia, contra 4,5% entre os que foram submetidos à outra técnica.
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RECURSO 
Simone, do hospital Albert Einstein (SP),
usa a técnica na reabilitação de lesões

Corrobora com o trabalho italiano a revisão proposta pelo fisioterapeuta Edward Lim, do Hospital Geral de Cingapura – a primeira sobre o tema. Lim reuniu sete pesquisas de diversas partes do mundo. Todas sobre o efeito do Pilates em pacientes com dores na parte inferior da coluna. A conclusão: o método é realmente válido para tratar o problema. “Mas os exercícios precisam ser estruturados para atender aos variados quadros clínicos dos pacientes”, disse Lim à ISTOÉ.

Como o que ocorre com a dor lombar, o uso da técnica para casos de fibromialgia também vem ganhando respaldo científico. Em especial após a divulgação dos primeiros resultados de uma pesquisa realizada na Universidade de Uludag, na Turquia. A equipe acompanhou 50 voluntárias durante 12 semanas. Divididas em dois grupos, metade das mulheres frequentou aulas de Pilates e as demais foram orientadas a praticar exercícios de relaxamento e alongamento em casa. Enquanto o primeiro grupo relatou melhoras significativas na dor, o segundo teve alterações positivas bem pequenas.
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CLÍNICA
No Hospital Brasil (SP), a fisioterapeuta Marta atende pacientes indicados por médicos

As comprovações têm encorajado médicos a indicar a técnica a seus pacientes. “É um recurso muito útil, em especial nos casos de dor nas costas sem causa específica”, afirma o traumatologista e ortopedista Alberto Mendes, de São Paulo. “Além do alongamento e do equilíbrio postural, o Pilates faz um trabalho de fortalecimento muscular muito positivo, pois ajuda na sustentação da coluna”, diz o médico. O reconhecimento da importância do método também pode ser medido por sua incorporação pela fisioterapia. “Temos uma resolução que ampara o fisioterapeuta no uso do Pilates como recurso terapêutico”, diz Wiron Correia Lima, presidente da Sociedade Brasileira de Fisioterapia.

A chave para entender esses benefícios está em um dos fundamentos preconizados pelo alemão Pilates: o equilíbrio. “Quando as cadeias musculares estão em equilíbrio, há redução da dor”, explica Osvandré Lech, presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia, que também indica o método. Pessoas em busca de redução da dor já formam um grupo comum nos estúdios. “Em 80% dos casos, nossos alunos vêm com esse objetivo”, conta Juliana Takiishi, coordenadora de Pilates do Centro de Bem-Estar Levitas, em São Paulo. Parte deles chega às aulas por conta própria. A outra, por recomendação médica.
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O fluxo de pacientes dos consultórios para os estúdios tem inspirado outra tendência: a oferta de Pilates dentro dos próprios hospitais. Na Clínica Mayo, centro de referência médica mundial, localizada nos Estados Unidos, o interesse nos benefícios que a técnica pode oferecer a pessoas doentes é tão grande que a instituição está realizando uma pesquisa para delinear melhor os ganhos obtidos. “Há um grande número de pessoas que tiveram câncer aderindo ao método”, informa a médica Daniela Stan, da instituição americana. A pesquisadora está concluindo um estudo com 15 mulheres, previsto para ser publicado no início de 2012. Durante três meses, as voluntárias participaram de aulas na instituição sob os olhos atentos de Daniela. “Há melhoria dos movimentos no lado do corpo afetado pela doença, assim como maior flexibilidade”, disse à ISTOÉ. “Também notamos melhora no humor e na satisfação com o corpo.”

Outra instituição a oferecer aulas é o prestigiado M. D. Anderson Cancer Center, também nos Estados Unidos. Por lá, pacientes que têm ou tiveram tumor de mama podem usufruir de uma aula por semana, indicada para ajudar no controle dos sintomas, como dor e fadiga. Na Suny Upstate Medical University, em Siracusa (EUA), as indicações são mais amplas. “Usamos para ajudar na reabilitação de pessoas com problemas músculo-esqueléticos”, contou à ISTOÉ Karen Kemmis, fisiologista do exercício e responsável pelo serviço. “Se alguém, por exemplo, sofre com dor no ombro e minha avaliação mostra que essa pessoa não tem um bom controle do movimento nessa região, usamos o Pilates para melhorar os padrões de movimento, prevenindo a ocorrência de mais prejuízos na área”, explicou.

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No centro americano, o método é utilizado ainda para auxiliar na reabilitação de portadores de doenças neurológicas. “Entre eles estão indivíduos com doença de Parkinson e que sofreram acidente vascular cerebral”, contou Karen. Nesses casos, além de contribuir para a melhora de movimentos prejudicados, estimula a habilidade de concentração.
A tendência de implementar estúdios em hospitais já começa a ser vista também por aqui. Exemplos são os hospitais Brasil, Integrante da Rede D’Or, e Albert Einstein, ambos em São Paulo. “Usamos como continuidade do tratamento ortopédico em pacientes que tiveram alta”, explica a fisioterapeuta Simone Przewalla, do Albert Einstein.
A instituição atende em média 20 pessoas por mês. “É uma atividade segura, que preserva bastante as articulações”, acrescenta Simone. A equipe responsável pelas aulas é formada apenas por fisioterapeutas. E o cuidado é intenso. “O médico nos manda uma carta dizendo o que o paciente tem, o que ele não pode fazer e quais objetivos devem ser atingidos”, diz a fisioterapeuta Marta Cordeiro Pereira, do Hospital Brasil. No Rio de Janeiro, a técnica está na lista das atividades sugeridas pela Clínica Cardiomex, coordenada por médicos especializados em medicina do esporte e cardiologia. “Entre outros benefícios, o Pilates reduz o estresse”, diz a cardiologista Isa Bragança.

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Mas não só o uso clínico do método tem merecido atenção dos cientistas. Responder a perguntas ainda não esclarecidas na área do fitness também é objeto frequente das pesquisas. Quem busca o Pilates apenas como uma forma de malhação vê na prática um modo de ganhar força e flexibilidade. E, claro, melhorar a definição da área abdominal. Mas será que isso pode mesmo ser atingido? De acordo com os pesquisadores que têm se dedicado a estudar a prática, sim. E a boa notícia é que os resultados aparecem pouco depois das primeiras aulas. Foi a conclusão à qual chegaram pesquisadores do Centro de Saúde da Turquia. Ao acompanhar um grupo de 38 mulheres sedentárias, eles perceberam que cinco semanas após o início das aulas o corpo já respondia aos estímulos dados pelos exercícios. Nas 21 voluntárias submetidas à técnica houve aumento da força nos músculos abdominais e melhora na flexibilidade. Pesquisa semelhante realizada na Universidade do Estado do Colorado (EUA) constatou esses mesmos ganhos entre voluntários de meia-idade. “E os benefícios foram percebidos com a prática de exercícios de intensidade relativamente baixa, que podem ser realizados sem aparelhos”, anotou no estudo June Kloubec, coordenadora do trabalho.
Mas há o outro lado da moeda. Após testes realizados para o Colégio Americano de Medicina do Esporte pela pesquisadora Michele Olson, da Universidade de Auburn, no Alabama (EUA), acendeu-se o alerta vermelho para a crença de que o Pilates pode ser usado como método de emagrecimento por si só. O que Michele constatou foi que a queima calórica das aulas da modalidade é baixa. No nível básico, uma hora de Pilates equivale a menos de 200 calorias. “Pilates é um treino de força e resistência”, disse Michele à ISTOÉ. “Se a pessoa quer queimar calorias, o melhor é praticar corrida ou spinning”, acrescentou. Isso não significa dizer, porém, que é preciso trocar o estúdio pelo tênis. O Pilates pode ajudar a emagrecer. “Ao começar a praticar, o aluno percebe mudanças positivas no corpo, como força, alinhamento postural, menos dores”, diz a fisioterapeuta Kátia Pinho, do Studio Airmid, de São Paulo. “Sua autoestima aumenta muito, o que é fundamental para iniciar um programa de emagrecimento.”
Além disso, ele contribui para manter o peso. O trabalho muscular aumenta a massa magra no corpo que, por sua vez, potencializa o consumo calórico do organismo. Na prática, quer dizer que ganhar músculos (e para isso o Pilates é muito válido) aumenta a quantidade de calorias consumidas pelo corpo para manter-se, pois as células musculares gastam mais energia para funcionar do que as células de gordura. Mais uma das qualidades do Pilates.

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terça-feira, 13 de março de 2012

Diferença de Pilates no Solo e Pilates nos Aparelhos

Foto: Pilatespaço Blogspot
Com a rápida popularização do Pilates, um método de condicionamento físico criado na Alemanha na década de 20 – têm surgido inúmeras variações dessa atividade física voltada tanto para a reabilitação quanto para o fitness. Engana-se quem pensa que o Pilates Solo – também conhecido como Mat Pilates, é uma atividade “morna”. Há quem imagine que o Pilates é apenas alongamento com educação postural e respiração… vai muito além disso.
A diferença básica entre o Pilates com aparelhos e o solo, é que no primeiro você conta com a ajuda das molas, da cama, das empunhaduras, esses recursos auxiliam a realizar certos movimentos. No Pilates Solo, você depende da força do próprio corpo para realizá-los: o centro dos movimentos, no abdome e na coluna lombar. Alguns exercícios se tornam mais pesados no Pilates Solo porque o praticante não tem a ajuda do aparelho. Além de fortalecer o corpo inteiro, trabalha-se muito com alongamento e acrescenta-se uma parte lúdica ao exercício, porque geralmente os alunos acham divertido trabalhar com a bola. E, ao mesmo tempo em que se trabalha o fortalecimento e o alongamento, exercita-se o equilíbrio. O Pilates feito no solo com acessórios, traz benefícios diversos ao corpo e a saúde em geral. O trabalho é progressivo, intenso, promove força, flexibilidade e equilíbrio. O Pilates Solo atende a diversos públicos, pois cada um vai dentro da própria limitação, e o avanço é impressionante. Normalmente as pessoas ficam surpresas com os resultados rápidos e com as mudanças no corpo na questão de estética e resposta a estímulos externos. Por isso, várias celebridades mudaram seus conceitos, adotaram o Pilates Solo e mudaram radicalmente a harmonia dos músculos e do bem estar, já que o mesmo não causa nenhum tipo de lesão nem encurtamento muscular.

Benefícios da Técnica de Pilates Solo

Você pode preservar um abdome retinho para sempre ao praticar o pilates. Seja nos aparelhos inventados por Joseph Pilates, estruturas de madeira e metal, com molas e tiras de couro, como nos movimentos feitos no chão, técnica conhecida por mat pilates, os músculos são trabalhados duplamente, ou seja, são tonificados e alongados ao mesmo tempo, mas dentro do limite de cada praticante. Os corpos treinados pelo método são fortes, alongados, flexíveis e saudáveis. A postura melhora muito e os movimentos se tornam elegantes. Tanto em aparelhos como no solo, o pilates é uma ginástica livre de impacto e que respeita a individualidade. No solo, os exercícios exigem ainda mais do praticante, que tem de controlar sozinho o seu corpo. O trabalho, porém, também pode ser facilitado com o uso de equipamentos como bolas e elásticos. Por dar ênfase à correção postural e ao bom alinhamento das articulações, o método é indicado também para o tratamento de lesões na coluna, joelhos e ombros, entre outras.
A base do método é o centro de força, composto principalmente pelos músculos do abdome, região lombar, quadris e glúteos. O centro de força permanece contraído, dando sustentação para movimentação solta das pernas e braços. A prática também mexe com as emoções. Segundo Pilates, que estudou técnicas orientais como a ioga para desenvolver seu método, o centro de força controla não só os movimentos do corpo como as emoções. A adepta fica mais centrada, nos dois sentidos, físico e mental. Outro fator que interfere no bem-estar é o controle da respiração, fundamental para manter a postura durante os exercícios. A respiração adequada também ajuda a combater o stress, pois acalma a mente e controla a agitação.
O Mat Pilates se caracteriza por proporcionar maior flexibilidade, força muscular, concentração, com exercícios feitos no solo, melhorando a qualidade de vida geral, e prevenindo lesões da coluna, artroses, dores gerais, sendo praticado por atletas, bailarinos e simpatizantes da técnica que além de todos esses benefícios ainda deixa o corpo delineado, sem exagero de massa muscular.

Fonte: Forcecia
 revistapilates.com.br