quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

A INFLUÊNCIA DA MÚSICA NAS AULAS DE PILATES

2016_09_202_rp_23-09-materia

Você usa músicas nas suas aulas de Pilates? A maioria dos professores não, pois muitos acreditam que isso pode desconcentrar o aluno. Mas será que isso é verdade?
Com a vida agitada nos dias de hoje, a música pode ser uma ótima ferramenta para trazer a atenção dos alunos durante a aula, principalmente no início – a música pode dar o “tom” para alcançar o objetivo desejado. Por exemplo: às 7h da manhã temos que despertar o aluno. Agora imagine colocar uma música clássica. O efeito será totalmente contrário! Ele vai acabar dormindo ao invés de despertar. Deve-se colocar uma música mais alegre para esses momentos!
A música tem um poder enorme de provocar sensações e com isso estimular e influenciar no desempenho do aluno. É como se fosse uma mágica onde podemos aliviar dores, esvaziar a mente e nos deixar levar pelos movimentos sem tensões!
Todos gostam de música, por isso é importante saber o que eles preferem e ter bom senso nas escolhas e até mesmo na altura do som!
Existem aplicativos, como o Spotify, que disponibilizam playlists prontas com vários temas, isso pode auxiliar na hora de definir o “ritmo” da aula. Além disso você pode criar a sua playlist com as músicas certas para o seu estúdio.
A Educadora Física Fernanda Avancini conta como utiliza a música como diferencial no seu estúdio:
“Sou dançarina e atuei muitos anos como professora de ginástica, por isso tudo na minha vida tem trilha sonora. Ouço música o dia inteiro: em casa, no carro, no estúdio… É ela que me move! Desde que comecei a atuar com Pilates, inseri músicas nas minhas aulas, e sempre tive um feedback positivo dos alunos! Inclusive quando não coloco eles perguntam: “Cadê a música?”. Sempre pergunto, principalmente quando é um aluno novo, qual é a preferência musical dele e se gostou da playlist escolhida para a aula. Muitas vezes nem chego a perguntar, sempre tem comentários do tipo: “Nossa, eu amo essa música…”, “Estou relaxado…”, “Estou renovado…”. Utilizo desde músicas instrumentais até as mais agitadas, pois tenho desde alunos adolescentes até o pessoal da terceira idade e é claro que não uso a mesma playlists para esses públicos!”
Para ela, alguns fatores que influenciam na hora de escolher o repertório para a aula são: horário (manhã, tarde, noite), temperatura (frio, calor), perfil do aluno, objetivo da aula (aula mais leve ou intensa) e o que você quer que os alunos sintam. As pessoas guardam o que você as faz sentir, então use a música como um fio condutor de sentimentos!
Experimente, pois você não vai se arrepender!
A Fernanda ainda nos enviou sugestões de playlists do Spotify que podem ser ouvidas nas aulas para começar a explorar os sentidos dos alunos:
Para acordar: Pop virou clássico / Manhã tranquila
Para acalmar: Acoustic Soul /  Stress Free
Para relaxar: Namaste / Perfect Concentration
Para concentrar: Acoustic Concentration / Music for Concentration
Para animar: Good Vibes / Hora Acústica
Para equilibrar: Acoustic Pop / Hanging out and Relaxing
FONTE: http://revistapilates.com.br/2016/09/19/musica-nas-aulas-de-pilates/

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Médico alerta: exercícios físicos em excesso podem comprometer a saúde

Cardiologista Nabil Ghorayeb analisa estudos que dizem que pessoas altamente ativas podem enfrentar riscos ao fazerem atividades de intensidade muito elevada


Homem cansado euatleta (Foto: Getty Images)Setenta e cinco minutos de atividades intensas por semana seriam o suficiente, segundo pesquisa (Foto: Getty Images)
A atividade física é uma necessidade real para saúde. A medicina moderna incorporou a conduta de estimular o abandono em definitivo do sedentarismo. Muitas pessoas até precisam aumentar seu nível de atividade física para melhorar a sua saúde. Recentes pesquisas de alta credibilidade científica descobriram que pessoas altamente ativas podem enfrentar riscos à saúde ao fazerem exercícios de intensidade muito elevada. “O que é ótimo remédio, pode acabar em overdose”, diz um dos mais conceituados cardiologistas do esporte dos EUA, Dr. Paul D. Thompson.

As atuais diretrizes sobre atividade física, aceitas internacionalmente, recomendam que os adultos façam 150 minutos de intensidade moderada ou 75 minutos de intensidade vigorosa por semana, porém doses superiores aos 100 minutos por dia não estiveram associadas a maiores reduções nas taxas de mortalidade. Semelhante constatação aplica-se a mais intensa atividade física.
Os benefícios da atividade vigorosa são atendidas em doses baixas e não se obtém uma série de benefícios adicionais quando a quantidade de atividade física vigorosa é aumentada em mais de 08 a 10 minutos por dia, disse Thompson.

Embora exercício de alta intensidade possam fornecer benefícios cardiovasculares e de longevidade em doses curtas, se forem mais longos podem também melhorar o desempenho e queimar calorias rapidamente, fatores que são úteis para participar em competições e para perder ou manter peso. Não há nenhuma razão para desencorajar essas motivações, mas devemos esclarecer aos esportistas que não parece haver nenhum benefício real para um coração sadio, depois de certa quantidade de exercício, disse Aaron Baggish, conhecido cardiologista de Boston.

Estudos têm relacionado uma suficiente atividade física com diminuição dos riscos não só das doenças cardiovasculares, mas também do diabetes mellitus, câncer e demência de uma forma dependente da dose dos exercícios. No entanto, muitas pessoas altamente ativas ainda desenvolveram essas doenças. Na verdade, a pesquisa sugere que o exercício de alta intensidade pode causar ou acelerar a aterosclerose coronariana e lesões do miocárdio, aumentando o risco de morte súbita cardíaca, embora grande parte desta pesquisa tenha sido baseada em exames de sangue dos biomarcadores cardíacos, em vez dos resultados do tamanho do coração e da performance dos atletas.

Tem sido difícil ter uma noção dos potenciais efeitos nocivos do exercício de alta intensidade sobre o coração, porque a maioria dos estudos incluíram poucos indivíduos que se exercitam em níveis que excedem substancialmente as recomendações da atividade física. Mas fica o alerta que para exceder limites o esportista deve ter um acompanhamento de uma equipe completa de profissionais da saúde, ou seja médico especialista, fisiologista, nutricionista e treinador diplomado, para não se expor aos riscos detectados nessas pesquisas.
+ Vai começar a se exercitar? Passar por avaliação médica é fundamental

Há dados que sugerem um aumento do nível de tecido de cicatriz no coração dos atletas de resistência veteranos e que alguns atletas de resistência poderiam mostrar uma maior predisposição para arritmias cardíacas potencialmente fatais. Mas os estudos são baseados em números muito pequenos ou em um número seleccionado de atletas que apresentaram sintomas ameaçadores ou parada cardíaca e, portanto, não são necessariamente representativos de todos os atletas de resistência, disse Sanjay Sharma, MD, professor de cardiologia da Universidade de Londres. Muito mais pesquisas são necessárias neste domínio específico e há ampla oportunidade de realizar esta investigação, uma vez que 2 milhões de indivíduos participam de uma maratona nos Estados Unidos a cada ano e este número deverá subir em 5% ao ano.

Até que sejam conhecidos mais resultados, ainda não está claro se os médicos de cuidados primários e os cardiologistas devem aconselhar de uma forma que pode ser diferente de como eles cuidam de pacientes menos ativos. Eu não acho que eles devem necessariamente ser tratados de forma diferente, mas devem ser tratados com o conhecimento de como o coração se adapta ao esforço vigoroso ao longo do tempo, disse Thompson. Já Sharma nota que não há nenhuma evidência de que o exercício de muito alta intensidade acarreta um risco mais elevado do que o exercício moderado em indivíduos com um coração a funcionar normalmente. 
Corredor e treinador euatleta (Foto: Getty Images)Ao exceder limites, atletas devem ter acompanhamento de um treinador e um médico (Foto: Getty Images)

A história familiar também parece ser um modificador importante de riscos cardiovasculares dos atletas. O histórico médico também é importante. Nós também temos que prestar muita atenção às mudanças. Um atleta que poderia facilmente executar 10 milhas, mas cai para 5 é diferente de uma pessoa que normalmente executa várias milhas por dia. Os sintomas atípicos e pequenos decréscimos da capacidade de exercício podem ser indicadores de evolução da doença cardiovascular.

A questão do rastreio cardíaco e os métodos envolvidos são controversos. Eletrocardiografia fornece mais informações de diagnóstico do que uma história e física, e, embora seja um método aceitável na Europa, não é recomendado pela American Heart Association para a detecção de doença cardiovascular na população em geral. O único método de identificação de atletas de alto risco é realizar triagem cardíaca, mas admito que a morte súbita no desporto é rara e afeta apenas um em cada 50 mil.
Pode haver uma variedade de razões para um indivíduo exercer exercícios intensos, mas alcançar a saúde ideal não deve ser um deles. Os pacientes que escolhem este estilo de vida devem ser encorajados por seus médicos, mas também devem ser aconselhadas sobre os riscos e benefícios, tanto cardiovasculares e de outra forma.
*As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com
EuAtleta Nabil Ghorayeb Cardiologia Especialista (Foto: EuAtleta)


NABIL GHORAYEB
Formado em medicina pela FM de Sorocaba PUCSP, Doutor em Cardiologia pela FMUSP , Chefe da Seção CardioEsporte do Instituto Dante Pazzanese Cardiologia, Especialista por concurso em Cardiologia e Medicina do Esporte, Médico Sênior do Grupo Fleury Medicina e Saúde, Coordenador da Clínica CardioEsporte do HCor, CRM SP 15715 , Prêmio Jabuti de Literatura Ciência e Saúde. www.cardioesporte.com.br 
FONTE: http://globoesporte.globo.com/eu-atleta/saude/noticia/2016/10/medico-alerta-exercicios-fisicos-em-excesso-podem-comprometer-saude.html

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Quer emagrecer correndo em 2017? Veja três dicas para alcançar sua meta

Treinador Gustavo Luz mostra como otimizar os treinamentos, perder peso e reduzir o percentual de gordura de forma correta e sustentável sem grandes sacrifícios. Confira


Por Rio de Janeiro

Quer fazer do ano de 2017 o ano do seu emagrecimento? Confira três dicas para quem quer perder peso e reduzir o percentual de gordura de forma correta e sustentável.
gordinha obesidade euatleta (Foto: Getty Images)Não é preciso emagrecer para começar a treinar, mas inicialmente, as atividades devem ser leves (Foto: Getty Images)
1. Devo emagrecer antes de iniciar os treinos?
Não há problema em se exercitar acima do peso, desde que você tome alguns cuidados. Se o seu objetivo é se tornar um praticante regular de corrida, é provável que tenha que começar com caminhadas. Aos poucos são colocados os trechos de corrida. Começar com treinos leves e gradativos é uma ótima estratégia para ajudar articulações e tendões na adaptação à corrida. Ficar esperando emagrecer para começar a treinar geralmente leva a perda de tempo.
2. Tenho que parar de beber?
Bebidas alcoólicas euatleta (Foto: Getty Images)Reduzir a quantidade de álcool já fará diferença na balança (Foto: Getty Images)
Você não precisa parar de beber, mas tenha em mente que o processo de emagrecimento é o reflexo de uma conta simples: você tem que gastar mais energia do que consumir. Em termos de calorias, uma latinha de cerveja vale mais ou menos um pão com manteiga. Se você bebe 10 latinhas de cerveja em uma semana, experimente diminuir para seis ou sete. É um primeiro passo, que já pode começar a dar resultados visíveis e é uma ponte para daqui a pouco beber três ou quatro. Se você diminuir a ingestão de álcool a partir dessa semana, é possível estar um pouco mais magro já na semana que vem, só com essa mudança. Experimente!
3. Correr em jejum é bom para perder peso?
Esse é um dos maiores erros cometidos pelos corredores, especialmente os que correm pela manhã. Fazer um pequeno lanche de fácil digestão até 30 minutos antes de correr otimiza a queima calórica e a qualidade do treino. 
*As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com
EuAtleta Gustavo Luz Treinamento Especialista (Foto: EuAtleta)



GUSTAVO LUZ
É educador físico formado pela Estácio de Sá, treinador de corrida e triatlo desde 2006 e praticante há quase 18 anos. Diretor técnico da G-LUZ Top Team, vive atento a tudo que se refere à fisiologia do exercício. Também fala com conhecimento empírico de quem está sempre frequentando as competições.
FONTE: http://globoesporte.globo.com/eu-atleta/treinos/noticia/2017/01/quer-emagrecer-correndo-em-2017-veja-tres-dicas-para-alcancar-sua-meta.html