quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Prática de atividades físicas muda o tamanho e os batimentos do coração

Exercícios aeróbicos, como correr, nadar e pedalar, facilitam controle da hipertensão arterial, diminuem a obesidade, ajudam a abandonar o tabagismo e reduzem estresse


Homem correndo euatleta (Foto: Getty Images)Prática regular de atividade física, como a corrida, muda a estrutura do coração (Foto: Getty Images)
Já abordamos anteriormente o efeito da emoção no coração dos atletas olímpicos, e agora podemos discutir o grande efeito fisiológico benéfico das 42 diferentes modalidades praticadas na Olimpíada do Rio de Janeiro. Os primeiros Jogos Olímpicos da era moderna foram em Atenas em 1896 e tiveram apenas nove modalidades esportivas: atletismo (maratona, arremesso de disco e o arremesso de peso, corridas de 100 e 400 metros), ciclismo, esgrima, ginástica, halterofilismo, luta, natação, tênis e tiro. Apenas uma pesquisa foi feita e encontrou corações de alguns atletas maiores do que os da população geral.

Nas medidas do ecocardiograma (espécie de ultrassom do coração) nas avaliações anuais que fazemos dos atletas e que coincidem com os resultados de outros pesquisadores em todo o mundo, o coração de um atleta corredor de maratona ou de natação de mar aberto (predomínio dos exercícios isotônicos ou aeróbios) tem tamanho diferente do que de um atleta de predomínio de exercícios anaeróbios ou isométricos, como o do halterofilista ou atleta de luta. 

Todo esporte é uma mistura dos dois tipos de exercício com predomínio de um sobre o outro. O biotipo do atleta favorece os esportes escolhidos por ele? Sem dúvida, e isto é genético. Lembram do Michel Phelps e das ginastas do mundo todo? O biotipo ajudou na escolha do esporte por parte deles. O coração, que é normalmente bem semelhante a todos os seres humanos, se adapta ao esporte do seu dono, tendo mais dilatação das suas cavidades ou mais hipertrofia das suas paredes, mais bradicardia (menos batimentos por minuto) dependendo do tempo e intensidade do treinamento mas principalmente da modalidade esportiva.
Como o coração de uma atleta de alto rendimento funciona? Médico explica

Após mais ou menos 14 semanas surgem as primeiras modificações nos batimentos cardíacos, enquanto a modificação no tamanho do coração leva mais tempo para ocorrer, calculamos ser ao redor de seis meses. Isso é considerada uma adaptação fisiológica benigna e que depois de abandonada a atividade física intensa é reversível.

O tipo de modalidade traz diferentes vantagens para a saúde? Saindo dos atletas de alto nível e respondendo a essa pergunta, usamos as grandes pesquisas com cinco mil a 20 mil pessoas, clinicamente acompanhadas por anos, e tendo registradas as doenças que surgirem nelas e nas mortes que acontecerem.
Homem pedalando euatleta (Foto: Getty Images)Pedalar com frequência pode ajudar, sim, a prevenir doenças cardiovasculares, explica médico (Foto: Getty Images)
Para prevenção das doenças cardiovasculares, sem dúvida o exercício aeróbio de correr, nadar e pedalar supera o anaeróbio, produzindo elevação do colesterol bom (o HDL colesterol), melhorando os níveis de glicose em pessoas normais e principalmente nos diabéticos. Dessa forma, facilitam o controle da hipertensão arterial, diminuem a obesidade, ajudam a abandonar o tabagismo e claramente melhoram o aspecto psicológico com redução do estresse. 

Lembramos porém que sempre se deve associar ao fortalecimento muscular, numa combinação dos dois tipos de exercícios que vai preparar seu corpo a ter uma melhor performance, postura firme com menor risco de quedas e melhor aproveitamento geral do oxigênio respirado. Esperamos que os Jogos Olímpicos tenham sido um incentivo para prática regular de esportes e, em consequência, aumentar a longevidade e qualidade de vida.
*As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.
EuAtleta Nabil Ghorayeb Cardiologia Especialista (Foto: EuAtleta)


NABIL GHORAYEB
Doutor em Cardiologia pela FMUSP, Especialista em Cardiologia e Medicina do Esporte, chefe do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia e do Hospital do Coração, diretor da Sociedade Brasileira de Cardiologia, além de ter recebido o Prêmio Jabuti de Literatura em 2000.www.cardioesporte.com.br 
FONTE: http://globoesporte.globo.com/eu-atleta/saude/noticia/2016/08/pratica-de-atividades-fisicas-muda-o-tamanho-e-os-batimentos-do-coracao.html

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

EXERCÍCIOS PARA ALIVIAR A TENSÃO NA CERVICAL

A dor cervical é uma das queixas mais comuns nos estúdios. A má postura no trabalho e o estresse do dia a dia fazem com que a cabeça fique mais pesada do que já é, sobrecarregando todos os músculos em volta da cervical e da cintura escapular.
Como todo professor de Pilates já sabe, para melhorar essas dores devemos resgatar as curvaturas naturais da coluna e fortalecer os músculos profundos do pescoço, trapézios, romboides, transverso do abdômen… Mas muitas vezes o aluno chega tão tenso que não conseguimos fazer o trabalho adequado e até podemos piorar a dor dele.
Hoje vamos mostrar alguns exercícios com a mini stability-ball que funcionam muito bem para aliviar essa tensão no início da aula e depois dar andamento nos exercícios de fortalecimento com os equipamentos ou outros acessórios.
Exercício 1
Esvazie um pouco a mini stability-ball e coloque entre a caixa torácica e o braço. Respire profundamente, focando nela. Tenha mais atenção na inspiração e perceba como a capacidade respiratória vai aumentando a cada repetição. Depois continue respirando com o foco do olhar na direção do ombro oposto ao braço. Tire a bolinha e note a diferença entre os dois lados – o lado onde estava a bola provavelmente estará mais relaxado. Faça o mesmo do outro lado.
Fernanda Avancini - 1Fernanda Avancini - 2
Exercício 2
Contra uma parede, posicione uma mini stability-ball na coluna torácica e outra na cabeça (de modo que mantenha as curvas naturais da coluna). Respire profundamente focando na expansão das costelas para trás na inspiração e pressione suavemente a cabeça contra a outra bolinha. Repita algumas vezes e depois faça movimentos de sim e não com a cabeça.
Fernanda Avancini - 3Fernanda Avancini - 4Fernanda Avancini - 5
Exercício 3
Novamente contra a parede, posicione uma mini stability-ball na lombar e uma mais vazia na torácica (mantendo as curvas naturais da coluna). Respire profundamente focando na expansão das costelas para trás. Depois estenda os braços na linha dos ombros e faça movimentos recíprocos de protração e retração da escápula junto com o movimento da cabeça (que deve ser sempre olhando para o lado que está retraindo).
Fernanda Avancini - 6Fernanda Avancini - 7Fernanda Avancini - 8
Exercício 4
Sugestões de apoios para a cabeça que auxiliam o alívio do pescoço:
Decúbito dorsal – coloque uma mini stability-ball murcha na cabeça e outra na lombar, focando sempre em manter as curvas naturais. Muitas vezes, a sobrecarga no pescoço ocorre devido à falta de curva na região torácica.
Decúbito lateral – com uma mini stability-ball embaixo da orelha, promovendo o alinhamento do tronco e fortalecendo a musculatura profunda do pescoço.
Quatro apoios – coloque uma mini stability-ball bem murcha entre uma parede e a cabeça para sustentar a posição durante exercícios de prancha.
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Exercício 5
Quando o aluno estiver muito tenso, nunca faça alongamento passivo tentando aproximar a cabeça do ombro puxando com a mão. Experimente movimentos ativos, pensando em afastar a mão do topo da cabeça. Colocar a mini stability-ball embaixo da mão é uma ótima maneira para ter essa sensação de crescimento.
Fernanda Avancini - 12
Como vimos, a mini stability-ball é uma ferramenta muito boa para propiocepção e alivio das tensões.
A respiração profunda focando na bolinha faz com que o aluno relaxe a musculatura acessória da respiração e tire a sensação de “peso no pescoço e nos ombros”, que muitas vezes tem fatores emocionais envolvidos.
Nada como uma boa respiração profunda para tirarmos a atenção dos problemas e estarmos prontos para a aula de Pilates!
Experimente!

Fernanda Avancini
Educadora Física (O97351-G/SP), instrutora de Pilates, ZEN.GA e TOTAL BARRE (Certificação internacional STOTT PILATES)

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Paciência e tempo de recuperação: veja como envelhecer bem e correndo

Conforme os anos passam, a velocidade dos corredores tende a diminuir, as passadas ficam mais curtas, e o tempo de recuperação e as chances de se machucar aumentam. Por isso, é importante escolher bem os seus desafios, respeitar os períodos de descanso e procurar ser regular no alongamento. Confira três dicas para aumentar a sua vida útil na corrida:
Corredores euatleta (Foto: Getty Images)Com a idade é ainda mais importante respeitar o tempo de recuperação para evitar lesões (Foto: Getty Images)










1. O que fazer depois da prova?
Corredor cansado euatleta (Foto: Getty Images)É preciso descansar depois de uma prova, seja longa ou curta (Foto: Getty Images)
Não importa se foi a sua estreia nos 5km ou sua enésima maratona, completar uma prova é um feito e tanto, você merece uma pausa. Uma pequena folga depois de uma prova é uma atitude inteligente. Isso dá tempo para o corpo recuperar a musculatura desgastada pelo esforço da corrida. O importante é saber a hora de retomar o ritmo.
 2. Está voltando de lesão?
Uma canelite pode atrapalhar a sua vida por duas semanas, e uma fratura por estresse pode te manter afastado dos treinos por cerca de três meses. Corredores voltando depois de uma lesão precisam controlar o entusiasmo para que o corpo tenha tempo de se recuperar completamente. Quem se machuca geralmente estava em um ritmo bom. É compreensível que a pausa forçada seja frustrante. Ansiosos para retomar o hábito e o ritmo, muitos tentam voltar exatamente do ponto onde pararam. Não caia nessa tentação! Isso pode ser um atalho para se machucar de novo. 
3. Não seja impaciente!
Os resultados não surgem de uma hora para a outra. Independentemente de qual seja o seu objetivo final, você provavelmente não estará apto para alcançá-lo logo nas semanas iniciais de treino. Por isso, tenha paciência e não fique querendo buscar novas opções de treino a todo instante. Os programas de treinamento elaborados por treinadores são uma ótima forma de atingir seus objetivos.
Corredora e treinador euatleta (Foto: Getty Images)Ter paciência e seguir sempre as orientações de um treinador são dicas para evoluir (Foto: Getty Images)












*As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com
EuAtleta Gustavo Luz Treinamento Especialista (Foto: EuAtleta)



GUSTAVO LUZ
É educador físico formado pela Estácio de Sá, treinador de corrida e triatlo desde 2006 e praticante há quase 18 anos. Diretor técnico da G-LUZ Top Team, vive atento a tudo que se refere à fisiologia do exercício. Também fala com conhecimento empírico de quem está sempre frequentando as competições.

FONTE: http://globoesporte.globo.com/eu-atleta/treinos/noticia/2016/08/paciencia-e-tempo-de-recuperacao-veja-como-envelhecer-bem-e-correndo.html

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

BENEFÍCIOS DO PILATES PARA DENTISTAS

pilates para dentistas
Pilates para dentistas: Uma ferramenta preventiva
Para qualquer pessoa, em qualquer nível de atividade física, o Pilates se apresenta como uma excelente ferramenta de bem-estar, saúde geral, fortalecimento do corpo, redução de dores e melhora na concentração. Porém, nesse artigo vamos ressaltar a importância do método no ambiente dos cirurgiões dentistas, uma profissão que tem como característica um enorme número de queixas laborais relacionadas à dores nas costas, tensionais e na nuca, tendinites e lesões no manguito rotador, hérnias de disco, entre outras lesões comuns aos dentistas.
MOBILIDADE ESCAPULAR
Não é preciso muito tempo para que comecem a aparecer sintomas de lesões, no entanto, a maioria dos dentistas procura alguma forma de tratamento quando o quadro já se encontra instalado. A escápula é uma estrutura óssea que serve como apoio para diversos músculos, seu movimento está intimamente ligado aos movimentos dos ombros. Através das tensões estáticas exigidas no dia a dia de trabalho dos dentistas, os músculos conectados a escápula ficam muito mais sujeitos ao acúmulo de tensões ou contraturas.
A prática do Pilates, quando aplicado de modo específico para a realidade dos dentistas, traz inúmeras possibilidades de dissociação escapular, ou seja, mobilizar e aliviar as tensões em torno da escápula. Por meio de movimentos conscientes e com a ajuda de instrutores capacitados, é possível alcançar ótimos resultados de relaxamento e alívio de tensões.
ALONGAMENTO GERAL E ESPECÍFICO
Devido a má postura e a permanência por longos períodos em posturas ergonomicamente desfavoráveis ao alinhamento corporal, os dentistas tem a tendência de possuir encurtamentos musculares de forma geral.  Com o Pilates, é possível realizar um trabalho de alongamento do corpo todo, além daqueles específicos para as articulações que recebem maior carga como ombros e coluna por exemplo.
FORTALECIMENTO GERAL E ESPECÍFICO
A permanência excessiva em determinadas posições pode gerar tensão em algumas estruturas e enfraquecimento em outras. É fundamental para o bem estar de qualquer pessoa, a busca pelo equilíbrio muscular adequado. Trata-se da relação ideal entre alongamento x fortalecimento para a manutenção de uma boa postura e estabilidade postural no dia-a-dia. Tal fortalecimento é de importância especial na região abdominal profunda, que atua como estabilizador principal da coluna. No Pilates tal região é ativada com frequência, permitindo dessa forma o seu fortalecimento.

Luiz Fernando Garbelotti
Coordenador e Instrutor do Studio Viver Bem
Especialista em Pilates
CREF: 015303-G/PR
FONTE: http://revistapilates.com.br/2016/07/29/beneficios-do-pilates-para-dentistas/