sexta-feira, 20 de maio de 2016

PILATES É INDICADO PARA PACIENTES COM FIBROMIALGIA

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A fibromialgia pode ser entendida como uma síndrome clínica dolorosa de origem e causa ainda inconclusivas. Diante da variedade de sintomas apresentados, torna-se difícil seu diagnóstico, podendo ser confundida com diversas outras doenças quando estas cursam com quadros de dor difusa e fadiga.
Além da dor difusa em musculatura esquelética e do achado físico de múltiplos pontos sensíveis, a maior parte dos pacientes com fibromialgia também relata fadiga, rigidez muscular, dor após esforço físico e alterações no sono. Pode também haver sintomas de depressão, ansiedade, deficiência de memória, desatenção, cefaleia tensional ou enxaqueca, tontura, vertigens, parestesias (formigamentos), entre diversos outros sintomas não relacionados ao aparelho locomotor.
A dor é o principal sintoma da fibromialgia, por vezes, o nível da dor é tão intenso, que interfere no trabalho, nas atividades de vida diária e na qualidade de vida dos pacientes e o seu controle é um dos grandes objetivos do tratamento.
Há diversos motivos para justificar a atividade física nesta síndrome, dentre elas o aumento de neurotransmissores como a serotonina e o aumento de hormônios como o GH (hormônio do crescimento), além de outras alterações sistêmicas que contribuem diretamente para a melhora da dor, da qualidade do sono, da fadiga, da ansiedade e de outros sintomas. Outro benefício da atividade física é a possibilidade de socialização, contribuindo por influenciar positivamente alguns aspectos psicológicos. Os exercícios físicos têm representado a intervenção não medicamentosa mais empregada e estudada na fibromialgia.
Alguns dos benefícios gerais do método Pilates é melhorar a flexibilidade do corpo e a saúde em geral, com ênfase no tronco, força, postura e coordenação da respiração com movimento, resistência muscular abdominal e equilíbrio estático e dinâmico.
No paciente com fibromialgia, o alívio da dor e a maior flexibilidade fornecida por exercícios de Pilates, pode contribuir para o desempenho físico melhorado e reduzindo as necessidades de energia para o movimento das articulações (por reduzir a tensão do tecido). Outra importante contribuição da técnica de Pilates é evitar posições que exigem recrutamento muscular desnecessário e reduzir a fadiga precoce que prejudica a estabilidade desse paciente.
O acompanhamento de um profissional qualificado para as sessões de Pilates fará com que a conduta dos exercícios seja ainda mais específica e ideal para esse paciente, com foco no trabalho de postura, alongamento e fortalecimento buscando o alívio da dor nas regiões referidas pelo paciente, como coluna lombar e cervical, que são muito afetadas, e diminuição da rigidez.
A fibromialgia não tem cura, por isso é importante que o paciente com essa síndrome seja incentivado a persistir nas sessões de Pilates e no tratamento médico, para que mantenha uma qualidade de vida ideal.
Luana de Freitas Santos
Fisioterapeuta (CREFITO 14.0487 F) na Essenciale Pilates Fisioterapêutico

terça-feira, 10 de maio de 2016

O efeito da atividade física no apetite: o exercício aumenta ou reduz a fome?

Acredita-se que prática de exercícios físicos seja capaz de intensificar a necessidade de comer, prejudicando processo de perda de peso. Pesquisas esclarecem influência


euatleta coluna turibio fome atividade física (Foto: Getty Images)O Colégio Americano de Medicina Esportiva divulgou uma análise interessante sobre um tema que tem sido alvo de debates há décadas: “Os efeitos do exercício sobre o apetite”. Esse assunto vem sendo discutido pela imprensa de forma equivocada, contribuindo para criar um conceito errado de que o exercício físico aumenta o apetite, promovendo uma maior ingestão de alimentos e, portanto, não sendo um bom aliado na perda de peso. (“Why exercise won’t make you thin” Time 2009).
Apesar de essa informação equivocada ter ganho muito espaço no “conhecimento” geral, a maioria das pesquisas aponta que o exercício intenso suprime transitoriamente o apetite, tanto em homens quanto em mulheres. Em uma pesquisa publicada por cientistas britânicos em março deste ano no Medicine and Science Sports and Exercise avaliou-se a resposta do apetite a duas situações de déficit calórico: um resultante da dieta e outro resultante da realização de exercícios.
Os resultados demonstraram que o apetite aumentou significativamente quando o déficit calórico foi gerado pela dieta, mas não quando o déficit foi gerado pelo exercício. De acordo com os autores, isso ocorreu devido a dois fatores: a concentração do “hormônio da fome” chamado grelina aumentou mais no grupo submetido à restrição alimentar, e a concentração do peptídeo YY (supressor da fome) aumentou mais no grupo submetido ao exercício. 
Portanto, ao contrário do que se costuma disseminar, o exercício é um excelente aliado para mulheres e homens que querem perder peso, pois além de proporcionar a “queima” de calorias, também ajuda a controlar o apetite!
*Com Dra. Gerseli Angeli
*As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com
EuAtleta Turibio Barros Fisiologia Especialista (Foto: EuAtleta)

TURÍBIO BARROS
Mestre e Doutor em Fisiologia do Exercício pela EPM. Foi membro do American College of Sports Medicine, professor e coordenador do Curso de Especialização em Medicina Esportiva  da Unifesp e fisiologista do São Paulo FC e coordenador do Departamento de Fisiologia do E.C. Pinheiros www.drturibio.com
FONTE: http://globoesporte.globo.com/eu-atleta/saude/noticia/2016/05/o-efeito-da-atividade-fisica-no-apetite-o-exercicio-aumenta-ou-reduz-fome.html