quinta-feira, 12 de novembro de 2015

PILATES NO ALÍVIO DO ESTRESSE

qbocg14i
A vida constantemente nos apresenta mudanças e desafios que promovem o nosso crescimento pessoal, profissional e espiritual. Cada indivíduo responde e se adapta de maneira particular a essas situações, porém, quando perde a capacidade de criar, se adaptar, responder e agir começa a experimentar o estresse.
O estresse é o estado de alerta em que o organismo entra ao se deparar com algo que requeira mais esforço ou concentração.
O estresse constante provoca um aumento acima do normal da produção do cortisol. Este hormônio é chamado hormônio do ESTRESSE. Ele deve ser produzido de forma dosada, para que estabeleça um funcionamento adequado do nosso organismo. Quando estes níveis estão desregulados, pode levar a depressão.
O mecanismo funciona assim: no início do estresse, a adrenal aumenta a produção de cortisol, mas com a permanência do estímulo a própria glândula se dessensibiliza e a produção de cortisol desequilibra. O corpo percebe isso como se não pudesse mais descansar. Para ele, é como se não houvesse mais diferença entre dia e noite e o estado de alerta fosse constante. Com a persistência do quadro, surgem os problemas mais graves: insônia, depressão, obesidade, fibromialgia, fadiga crônica, aumento do risco de enfartes, AVC, trombose e uma considerável baixa de imunidade.
Para diminuir o nível de estresse e melhorar a saúde física e emocional é necessária uma mudança.
Para quem busca qualidade de vida sabe que uma das primeiras coisas que se tem a fazer é afastar o sedentarismo da rotina. É aí que muitas pessoas começam a se sentirem obrigadas por não gostarem de academias, ou por não terem muito tempo para se exercitar.
A boa notícia é que é possível cuidar do corpo (e mente) reservando apenas uma hora do dia, de duas a três vezes por semana. Essa é a frequência exigida, por exemplo, para a prática do Pilates, atividade que promove o trabalho das capacidades físicas como: equilíbrio, força, resistência e coordenação, além de melhorar a postura e relaxar o corpo de forma global.
As aulas de Pilates são realizadas de maneira consciente e completa. Sabe-se que a respiração lenta e profunda reduz significativamente os níveis de cortisol no sangue ao longo do tempo. Como vimos, o nível de cortisol elevado é responsável pelos estados negativos, como a depressão, por exemplo.  Já níveis baixos de cortisol estão relacionados à sensação de bem estar.
Por esse motivo, terminamos uma aula de Pilates sentindo o corpo trabalhado, energizado e com uma grande sensação de bem-estar.
Outro componente para a redução do estresse é a concentração, que garante a execução dos movimentos conscientes e corretos. Ao concentrar-se em sim mesmo, no próprio corpo, elimina-se a tendência de distração durante as aulas. Aprender a mover-se sem tensão, usando apenas os músculos necessários para a realização de um determinado movimento. O relaxamento consciente e seletivo proporciona maior economia de movimentos, facilita a fluidez, o controle e a precisão de movimentos.
A melhor notícia é que exercitar-se desta forma traz benefícios à saúde do corpo e da mente, não apenas durante a aula de Pilates, mas em longo prazo também. Esse auto aprendizado é levado para todas as situações cotidianas, nos ajudando a reconhecer os estados físicos e mentais e, consequentemente, nos dando condições físicas e emocionais de agir de forma mais saudável em todas as áreas da nossa vida.
Aquietar a mente, desenvolver equilibradamente o corpo, reconhecendo o próprio limite, nos aproxima de nós mesmos. Era isso que Joseph Pilates almejava com seu método: a saúde integral.
Qualquer pessoa pode fazer Pilates. O método respeita o condicionamento físico de cada aluno, podendo se adaptar a iniciantes, intermediários e avançados.
Experimente você também!
Aline Vieira da Rocha Guimarães
Fisioterapeuta – CREFITO 10063-F


FONTE: http://revistapilates.com.br/2015/11/10/pilates-no-alivio-do-estresse/